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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pequenas empresas têm pontualidade de pagamentos recorde


A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas (MPEs) atingiu em setembro o maior patamar desde o início da divulgação do índice da Serasa Experian, em janeiro de 2006.

No mês passado, o indicador chegou a 95,9%. Isso significa que, a cada 1.000 pagamentos realizados por essas empresas, 959 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, a pontualidade de pagamentos das MPEs avançou 0,6 ponto percentual.

De acordo com a Serasa, setembro costuma ser o mês de maior pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas no ano.

O valor médio dos pagamentos pontuais cresceu 11,6% na comparação com setembro de 2011.

A pesquisa é feita pela Serasa Experian com base nos pagamentos efetuados, mensalmente, por amostra de cerca de 600 mil micro e pequenas empresas.

CONSCIENTIZAÇÃO

Para Paulo Feldmann, presidente do Conselho da Pequena Empresa da Fecomercio SP, o aquecimento da economia e a queda dos juros são os principais fatores da maior pontualidade das empresas.

"A inadimplência sobe quando as vendas caem", diz.

Ele também observa uma maior conscientização do empresário sobre os riscos do endividamento.

"Os anos de taxas de juros muito altas ensinaram ao pequeno empresário que ele deve fugir de banco, só recorrer a eles em último caso", diz.

Além disso, Feldmann diz que, em geral, os bancos consideram que as pequenas empresas têm um risco maior. Por essa razão, acabam oferecendo serviços menos atrativos para as MPEs.

BONS PAGADORES

O presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, destaca que a pontualidade está acima de 90% desde 2006, o que demonstram um perfil de bons pagadores das empresas do segmento.

Ele destaca que as firmas que estão em dia com seus pagamentos têm melhores condições de planejar seu crescimento.

"Com a previsão do cadastro positivo de entrar em vigor em janeiro de 2013, o histórico de adimplência será considerado na avaliação de riscos, o que deve reduzir os juros dos financiamentos bancários", afirma Barretto.

Fonte: Folha de S. Paulo - 25/10/2012

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